quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Métodos e instrumentos de recolha de dados

A fase da recolha de dados, sejam eles fontes bibliográficas ou de outra natureza, é a fase mais demorada e a que exige mais dedicação, cuidado e atenção por parte do investigador. Para cada metodologia usada há indicações específicas quanto à recolha de dados, bem como quanto ao seu tratamento. O rigoroso controlo na aplicação dos instrumentos de pesquisa é um factor fundamental para evitar erros e defeitos que resultem numa investigação errada.

Métodos de recolha de dados:

- Análise de conteúdo de dados documentais : nesta técnica há que ter especial cuidado à acessibilidade e confidencialidade dos documentos, que poderá impedir o seu acesso. Também se deve ter em conta a veracidade daqueles. Estes documentos podem ser fontes oficiais, fotografias ou cartas (fontes primárias) ou obras já elaboradas como livros ou monografias (fontes secindárias)

- Inquéritos: trata-se de um conjunto de questões pré-formuladas. Deve ser utilizado quando o investigador sabe exactamente que informações necessita ou quando +e grande a quantidade de pessoas a incluir no estudo e estas se encontram distanciadas geograficamente. A informação é obtida facilmente e é facilmente codificada. Num inquérito a linguagem utilizada é muito importante, simples e clara.

- Entrevistas : quando feitas pessoalmente permitem uma adaptação e mudança em face do contexto. Podem também facilmente ser esclarecidas dúvidas. É necessário ter um plano para a entrevista para que no momento em que ela estiver a ser, realizada as informações necessárias não deixem de ser colhidas. As entrevistas podem ter o caráter exploratório ou ser de coleta de informações. Se a de caráter exploratório é relativamente estruturada, a de coleta de informações é altamente estruturada. São, no entanto,

- custosas;
- passíveis de diferentes interpretações de entrevistado para entrevistado;
- as respostas podem ser condicionas pela inflexão de voz ou condicionantes ligadas ao entrevistador.

Se a entrevista for feita pelo telefone, as condicionantes são ainda maiores, quer pelo desconforto da situação, quer pela quantidade necessária de telefonemas por dia. Aqui o tempo pode ser uma limitação e até mesmo haver uma negação pelo entrevistado de se submeter à entrevista

- Estudos por observação : podendo ser participante. Não participante, estruturada ou não, antes de ser iniciada, precisa de uma verificação do lugar e reflexão sobre os fenómenos a serem registados. A amostra pode ser maior a baixo custo e podem ser estudados comportamentos não verbais. No entanto, é mais fatigante para o observador.

Actualmente, a Internet apresenta-se como uma forma de recolha de dados revolucionária e facilitadora. No entanto, os perigos não devem ser colocados de lado, como os critérios de manutenção de qualidade de informação. O manancial informativo é imenso e cabe ao investigador ter o máximo cuidado nos conteúdos que utiliza da rede global.

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Azevedo, Carlos et al (1998). Metodologia Científica: Contributos práticos para a elaboração de trabalhos académicos. Ed.C. Azevedo
Cohen,L., Manion, L., Morrison, K., (1994). Research Methods in Education. London: Routledge Falmer
Marconi, Marina et al. (1992). Técnicas de Pesquisa. São Paulo
Entrevista em investigação qualitativa

www.pedagogiaemfoco.pro.br/met06.htm
www.experiment-resources.com/what-is-the-scientific-method.html

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