Qualquer estudo em educação necessita de clareza quanto às orientações que segue, às linhas que definem os rumos a seguir.
Dada a diversidade de pesquisas na área educativa, que ao nível teórico, quer prático, torna-se difícil conseguir uma originalidade absoluta.
Os paradigmas básicos do saber, que se sucederam interpenetrados e que continuam na nossa cultura e nas nossas cabeças, necessitam recompor -se num quadro teórico mais vasto e coerente. Sem percebê-los dialeticamente actuantes, não poderemos reconstruir a educação. (Marques, 1993, p. 104). Assim, Paradigmas são, portanto, um conjunto de conceitos interrelacionados de tal forma, a ponto de proporcionar referenciais que permitem observar, compreender determinado problema nas suas características básicas: o quê, como, o que se pretende observar e orientar possíveis soluções.
Os paradigmas em educação, positivista, interpretativo e Crítico, distinguem-se entre si quanto a:
- Objectivo da Investigação
- Natureza da realidade social
- Visão sobre o homem e sobre o senso comun
- Natureza da teoria e da explicação
- Perspectiva sobre os valores
Na aquisição dos conhecimentos, ao longo da investigação a abordagem pode ser mais ou menos qualitativa e quantitativa. De qualquer forma, a investigação foca-se na resolução de um problema, na tentativa de resposta a questões definidas. Ao classificá-la como quantitativa ou qualitativa está-se a clarificar a distinção entre uma método dedutivo ou indutivo a ser seguido, respectivamente, uma perspectiva do comportamento humano previsível ou mais situacional, numa visão da realidade mais objectiva ou subjectiva e socialmente construída e em que a natureza da observação se preocupa em estudar comportamentos sob condições controladas, ou, segundo uma vertente mais qualitativa, o estudo comportamental ser feito em ambientes naturais e contextualizados. Ao nível dos dados a tratar, as diferenças mantêm-se explicitas. Se por um lado a investigação se prime pelo estudo de varáveis quantificáveis, pelo outro a natureza dos dados relaciona-se mais com as palavras ou imagens categorizadas. Numa investigação quantitativa a procura é feita no sentido geral, o que numa quantitativa se reveste de procuras particulares, numa apresentação de múltiplas perspectivas.
Como resultado final, obtemos assim, um relatório estatístico, comparativo, e significado estatístico numa investigação quantitativa. Já na Investigação qualitativa, este relatório final se apresenta como uma narrativa com uma descrição contextual e citações de outras pesquisas realizadas.
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http://www.fisterra.com/mbe/investiga/cuanti_cuali/cuanti_cuali.asp
http://www.southalabama.edu/coe/bset/johnson/dr_johnson/lectures/lec2.pdf
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