quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O processo de Investigação - etapas

Por onde começar?

Para um trabalho de pesquisa ser feito, acima de tudo o investigador deve ter interesse pessoal no tema a trabalhar, deve ter prazer na investigação que vai fazer e é preciso que o investigador tenha consciência do limite dos seus conhecimentos, sob pena de entrar num tema fora da sua área e assim tornar bem mais complexo o seu trabalho.
Após a análise feita ao estudo de caso presente na tese analisada, partindo de várias leituras feitas e depois do grupo Sherlockianos ter vivamente discutido as fases do método investigativo, considero que num processo de investigação, existe um conjunto de fases que são reflexo do paradigma que lhe está subjacente. No entanto, há fases comuns a qualquer paradigma. Qualquer investigaçãpo tem de ter definido, no seu inicio um problema. Aqui eu coloco uma observação ao fluxograma apresentado pela equipa A lémar. É definido um tema ou área, mas será esta ideia um problema?

No âmbito deste problema é colocada uma questão que será o ponto de partida do trabalho investigativo. Almeida e Freire (2003) definem fases comuns a qualquer investigação, nomeadamente a definição do problema e a revisão bibliográfica, base teórica de trabalho, aspectos já estudados que nos remetem para limitações ou outros elementos a ter em conta. No fluxograma do grupo Eurek@as, esta fase não é contemplada.

A Formulação de hipóteses bem como a definição de variáveis são fases que se relacionam com um paradigma positivista, em que a investigação experimental ganha força e os métodos quantitativos imperam. Neste caso poderia dizer que o fluxograma Eurek@as se integra mais num paradigma normativo. Daí os sherlockianos terem considerado a fase “questão e/ou hipótese formulada”. Este aspecto está presente no esquema apresentado pelos Alémar que traduz as diferenças entre uma pesquisa científica qualitativa e quantitativa.

Na fase em que se define o método, há que descrever como se vai conduzir o estudo. Aqui surge a amostra a ser tida em linha de conta, os instrumentos, as fontes e o procedimento. Mas, se se trata de uma investigação experimental, mais relacionada com o paradigma normativo, então existe o design de estudo, como é referido mais uma vez no fluxograma Eurek@as.

No que respeita ao resultado da investigação, quando num paradigma positivista se procura a validação estatística relacionada com as variáveis em estudo, na investigação qualitativa, há uma intenção final em identificar factos e evidências que levem a respostas às questões orientadoras.

Apesar da estrutura ter alguns pontos em comum, há fases que acabam por não se verificar numa investigação qualitativa ou numa quantitativa.
Nestes fluxogramas, é nítido o paradigma positivista em que o grupo Eurek@ assenta. O grupo sherlockianos e MIPERUSA generalizam, apresentando este último grupo um fluxograma bastante mais compactado, diria. Depois de ter investigado Sampieri, onde se apoiou o grupo ALÉMAR, considero que, de certo modo ele refere uma metodologia mista.

Fluxograma construido pelo grupo Sherlockianos
(João Carrega, Filomena Grazina, Paula Simões e Paulo Azevedo
-------




Almeida, L. & Freire, T. (2003). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilibrios.



http://www.socialresearchmethods.net/kb/contents.php



http://www.fisterra.com/mbe/investiga/cuanti_cuali/cuanti_cuali.asp



http://www.southalabama.edu/coe/bset/johnson/dr_johnson/2lectures.htm






Sem comentários:

Enviar um comentário